Suponhamos um veículo que esteja com a qualidade do óleo de motor ruim e outro, que não tenha combustível. O primeiro veículo irá continuar rodando, mesmo com essa situação precária, enquanto o segundo não conseguirá rodar.
Essa correlação é a mesma com a saúde econômica e financeira das empresas. No primeiro caso, a empresa está com baixos lucros, oscilando com prejuízos; no segundo, o problema é a falta de caixa.
O título deste artigo foi tratado na obra Valuation de Copeland, de Koller e Murrin, portanto é possível afirmar que “a empresa não quebra por falta de lucros, mas por falta de caixa”.
Nesses tempos de crise, muitas empresas fecharam as portas e muitas outras aumentaram seu endividamento, paralisando o crescimento.
Diante disso, é importante destacar que em momentos de crise, e também em períodos de alta inflação interna, a gestão empresarial deve ter como foco os fatores que geram ou consomem o caixa da empresa.
A maioria dos gestores, nessa situação, busca empréstimos bancários e se esquece de fazer “a lição de casa”, que permita colocar a empresa em rota de lucratividade, julgando, equivocadamente, que essa fonte de recursos de terceiros será eterna. Portanto, algumas das “lições de casa” são as seguintes:
- Cortar custos e eliminar atividades deficitárias, e processos que não agreguem valor.
- Forte eliminação de desperdícios: operacionais, administrativos e financeiros.
- Muitas empresas gostam de verticalizar atividades que tiram o foco da gestão, portanto, vender unidades que não fazem parte do negócio principal, atividades que um terceiro faz melhor, sobretudo aquelas com baixa possibilidade de crescimento.
- Adiar ou cancelar investimentos, ou negociá-los na base operacional, com análise de retorno de investimentos que crie valor para a empresa.
- Reduzir o investimento no capital de giro operacional, aplicando-se redução nos estoques, alongamento do prazo de pagamento a fornecedores (tendo mecanismos que detectem se está havendo repasse de juros por esse aumento de prazo) e, principalmente, tentar reduzir o prazo recebimento e de venda aos clientes.
- Liquidar ativos não operacionais, como imóveis.
Algumas ações paralelas ou de transição podem ser tomadas, com muita cautela e limitação, até que a retomada do negócio, oriunda da “lição de casa”, surta efeito, que são empréstimos obtidos no mercado financeiro:
- Refinanciar ou alongar dívida.
- Vender participação minoritária da empresa.
- Realizar aumento de capital.
O dinheiro mais barato é o lucro operacional, correspondente ao EBITDA ou LAJIDA – lucro antes de juros, imposto de renda, depreciação e amortização que, caso não seja obtido, aumentará a dependência financeira dos bancos, que restringirão a concessão de novos empréstimos.
Esses momentos de transição podem trazer insegurança às equipes que, sem os talentos, não conseguem realizar qualquer turnaround. Um trabalho focado nos recursos humanos pode contribuir para a passagem dessa árdua jornada.
Finalizamos, lembramos que toda e quer decisão na empresa é uma decisão financeira!!!!
A JL tem profissionais qualificados que ajudarão sua empresa na gestão econômica e financeira.
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