Assim como São Paulo, diversas cidades do Brasil estão enfrentando uma intensa onda de calor, o que está gerando uma série de desafios para diversos setores, principalmente em refeições coletivas. As altas temperaturas não apenas afetam o cotidiano e disposição dos funcionários de uma unidade de alimentação, mas têm implicações diretas nos preços dos alimentos e dinâmica de muitos restaurantes, empresariais e comerciais. Diante desse cenário, é importante compreender os efeitos dessa onda de calor sobre a cadeia de produção e distribuição dos alimentos e adotar medidas estratégicas para enfrentar essa atual situação climática.
Vamos analisar como as unidades podem ser impactadas com esse efeito.
Essas temperaturas elevadas podem aumentar os custos de produção para restaurantes, principalmente as unidades que utilizam muitos produtos frescos. A necessidade de armazenamento e manipulação cuidadosa para manter a qualidade dos alimentos frescos pode resultar em custos adicionais, que são repassados no preço para o cliente. A necessidade de refrigeração adequada é crucial para manter a segurança alimentar, o que pode exigir investimentos em equipamentos de refrigeração mais robustos. Entretanto, se sua unidade está com os equipamentos funcionais e passando por manutenção preventiva, não há de se preocupar com o desempenho.
Outra consequência, é a necessidade de adequação no cardápio. Incluir pratos sazonais que sejam mais resistentes ao calor ou substituir ingredientes mais sensíveis por mais duráveis. Inclusão ou aumento de pratos leves, frutas e saladas pode colaborar com o desafio de manter a satisfação dos usuários do restaurante, mesmo diante dessa onda de calor, onde as pessoas tendem a selecionar melhor os alimentos. Alguns alimentos podem aumentar a sensação de calor, a sede e até mesmo causar desconforto, por consequência da dificuldade em digerir. As unidades devem evitar produtos condimentados, ricos em gordura ou açúcar, lácteos e até cafeína.
Em dias muito quentes, a demanda por bebidas refrescantes tende a aumentar, evidentemente. Por isso, as unidades de alimentação e nutrição podem disponibilizar maior variedade de bebidas ou adequar os sucos para sabores mais refrescantes, como abacaxi com hortelã, melão e limão, melancia com gengibre, frutas cítricas e outros. O incentivo ao consumo de água deve ser reforçado também e uma opção de bebida para substituir o cafézinho pós-almoço é o chá-gelado.
Essas temperaturas elevadas não são comuns para essa época do ano, o que nos deixa em alerta quanto as temperaturas das próximas semanas. Essa situação climática a longo prazo, pode afetar principalmente o preço de alimentos e insumos. A produção agrícola passa por fortes adequações e produtos que são sensíveis ao clima, como fruta e hortaliças podem ter sua oferta reduzida, resultando no aumento dos preços. A demanda de alimentos e bebidas leves tendem a aumentar, enquanto a de pratos mais pesados podem diminuir, impactando diretamente na composição do cardápio.
Em resumo, as temperaturas quentes têm um impacto considerável no segmento de refeições coletivas, influenciando em sua disponibilidade, preço e demanda. Além disso, é preciso pensar no bem-estar do cliente e principalmente em sua segurança alimentar. A capacidade de adaptação e gerenciamento eficientes dos recursos são fundamentais para as unidades enfrentem esses desafios e manter a qualidade, preço e satisfação do cliente.