O Portal JL Food News terá no mês de fevereiro uma série especial em que 20 profissionais de empresas do ramo de Food Service irão relatar sua percepção de como estará o mercado de alimentação industrial em cinco anos. Na parte 4, veremos o ponto de vista de Klaus Müller, da empresa JLucentini & Associados, e de Leandro de Assis, da empresa Teknisa.
COMO O MERCADO DE ALIMENTAÇÃO INDUSTRIAL ESTARÁ EM 5 ANOS?
KLAUS MÜLLER
“Nada se cria, tudo se copia”. Essa é uma expressão muito utilizada que, a meu ver, é pouco aproveitada no mercado de alimentação industrial. No Brasil, acredito que a tendência para os próximos cinco anos já existe no mercado americano e parte do europeu, como a implantação de cozinha inteligente, mais conhecida como 4.0, que já não é novidade no mercado internacional. Acredito que a corrida agora é voltada para a experiência do cliente, conceitos da indústria 5.0 e implantação da “VARIABILIDADE” de cardápio, ou seja, mudanças na forma da alimentação. Um exemplo são os cardápios diários, como arroz e feijão, que existem há anos e nunca foram questionados. É papel dos CEOs do segmento de Food Service direcionar esse novo conceito e atuar na educação alimentar de seus clientes.
LEANDRO DE ASSIS
Para os próximos anos, acredito que as empresas de refeições coletivas terão aprendido muito a fazer gestão de crise. Elas estarão bem mais criativas para atender o público exigente, que está ainda em formação. A estratégia omnichannel, que é uma abordagem multicanal focada em fornecer boas experiências ao consumidor, será um recurso muito utilizado. A intensificação do uso de novas tecnologias, advindas da indústria 4.0, serão implementadas para melhorar os padrões e eficiência de segurança das cozinhas, prevendo maior produtividade e redução dos desperdícios. Já no futuro dos processos, posso destacar a utilização de softwares mais inteligentes, com inteligência artificial, reconhecimento de imagens, de pessoas, na apuração de informações das preferências de cada consumidor e/ou do cliente final. A utilização de equipamentos com IoT (Internet das coisas), proporciona mais monitoramento e gera indicadores, por exemplo, da temperatura dos alimentos nas cubas, nas câmaras frigoríficas, enfim, desde o recebimento, distribuição até o estoque dos insumos etc.
Atualmente é Diretor Executivo do Grupo JLucentini & Associados, já foi diretor-geral, comercial e de recursos humanos de empresas de alimentação no segmento de coletividade. Tem formação em Gestão Empresarial, Executive Coaching pela SLAC (Associação Latino-Americana de Coaching), MBA de Varejo Físico e On-line, MBA em Valuation pela Universidade de São Paulo (USP).
Diretor Comercial da Teknisa. Formado em Marketing e Ciência da computação, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Gestão de Projetos. Há 25 anos atua no mercado de Tecnologias para o Food Service.