Sempre tive boas referências de líderes que conheci e aqui faço meus comentários a respeito de outros dois exemplos de profissionais que tive a honra de trabalhar e muito aprender. Inicialmente, vamos adaptar as definições de “arquiteto” e “engenheiro” para o mundo corporativo.
O arquiteto é o executivo responsável por uma ideia, um plano que ao ser levado adiante e implantado proporciona inovação, crescimento, evolução organizacional e pessoal aos colaboradores de uma empresa. No caso, esse profissional reorganizou e deu nova vida à organização realizando, dentre outros, a segmentação de atividades, conceitos modernos voltados à fidelização de clientes, colaboradores, crescimento e inovação tecnológica, dando oportunidades a vários profissionais em carreira internacional.
O engenheiro é o executivo que atua na solução de problemas de toda natureza, na maioria das vezes complexos, ligados à concepção, realização e implementação de produtos, sistemas ou serviços, o que impacta na vida das pessoas (colaboradores, clientes e consumidores). O melhor gestor de custos que conheci era movido a desafios, conseguindo suplantar crescimento da organização em vendas e lucratividade.
A minha convivência corporativa com eles, nas áreas em que fui responsável direto (finanças, operações, fidelização e vendas), me permitiu aprendizados que até hoje carrego, tais como: a visão integrada de processos, o pensar “adiante”, avaliar modelos de excelência globais, gestão minuciosa de custos, atingimento de objetivos e metas e, principalmente, a valorização das pessoas.
Não poderia deixar de destacar o lado humano que muito valorizavam e acreditavam, de que não teriam sucesso sem a valorização das equipes, sua formação, treinamento e respeito. Apesar de muitas situações terem sido duros e exigentes, não perdiam a ternura, valorizando-os, colocando-se ao seu lado e orientando sobre formas técnicas, comportamentais e de relacionamento, permitindo sucesso na direção geral como empresários e CEOs de médias e grandes corporações.
O estilo de gestão de ambos era de delegação de responsabilidade e autoridade, com metas e objetivos bem definidos a suas respectivas diretorias. A mim, pessoalmente, estenderam a mão e deram aconselhamentos em momentos difíceis que passei, profissional e pessoal.
Quando a situação requereu, tiveram que tomar medidas organizacionais duras, mas necessárias, que geraram algum descontentamento, mas sempre as realizaram com honestidade e ética. Eu não poderia de deixar de citar John Wooden, técnico de baquete da UCLA, que definiu caráter como sendo aquilo que a pessoa é em sua essência, enquanto reputação é meramente o que os outros pensam de você.
Estou me referindo e sou muito agradecido a dois grandes e exemplos de líderes e amigos: Eurico Varela Santos, infelizmente já falecido e Almir Ribeiro Neto.